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   O Brasil possui uma das mais ricas avifaunas do mundo, com as estimativas recentes variando entre 1.696 e 1.800 espécies. Cerca de 10% (193 táxons) dessas estão ameaçadas. A Amazônia apresenta o maior número de espécies, seguida pela Mata Atlântica e o Cerrado; entretanto, a maioria das espécies endêmicas do Brasil é encontrada na Mata Atlântica, especialmente nas terras baixas do litoral Sudeste e no Nordeste. O Cerrado possui o segundo maior número de espécies ameaçadas. A perda, degradação e fragmentação de habitats e a caça – especialmente para o comércio ilegal – são as principais ameaças às aves brasileiras. Numerosas iniciativas de conservação e pesquisa nos últimos 20 anos melhoraram, significativamente, a capacidade de abordar e solucionar temas importantes para a conservação das aves. O Brasil requer um Plano Nacional para a Conservação das Aves para definir as prioridades de pesquisa e conservação na próxima década.

   As aves são vertebrados que descendem dos répteis e após passarem por um período evolutivo complicado, atualmente possuem as seguintes características: são bípedes, pela transformação dos membros anteriores em asas, o que lhes permite (na maioria das vezes) voar; o corpo é coberto de penas que contribuem para o vôo e para a manutenção da temperatura corpórea; os maxilares foram transformados em bicos e atualmente são desprovidos de dentes; adaptações que facilitam o vôo como os sacos aéreos nos pulmões, que se enchem de ar e se comunicam com os ossos pneumáticos. Existem cerca de 9.800 espécies viventes de aves, aproximadamente, distribuídas por todos os Continentes. No Brasil já foram registradas cerca de 1.800 espécies de aves. É o terceiro país em biodiversidade de avifauna. É o segundo em endemismo, ou seja, espécies que são encontradas somente no País.

   Algumas propriedades na estrutura dos corpos das aves as diferenciam dos demais animais, pois permitem que elas voem. Uma dessas propriedades diz respeito aos ossos. Os ossos das aves são chamados de ossos pneumáticos, ou seja, não são maciços, embora tenham a mesma resistência dos ossos de outras espécies de animais. Por essa característica, as aves são mais leves do que os mamíferos, por exemplo.

   Nas aves que percorrem distâncias maiores (que migram), as penas são mais longas, o que possibilita que a ave bata as asas de forma mais lenta, e consequentemente, menos cansativa. Outras aves que se locomovem com maior velocidade, como os gaviões, ou mesmo o delicado beija-flor, apresentam asas e penas mais curtas, que lhes permitam maior agilidade.Relacionando uma ave a um avião, pode-se dizer que as asas e penas longas das aves controlam os altos e baixos, assim como a decolagem e o pouso, como um piloto de avião controla os flaps. A cauda permite que as aves girem no ar, tanto para a direita quanto para a esquerda.

   Outra característica que torna possível que as aves voem é a força de sua musculatura peitoral, que permite que a ave mantenha o ritmo do bater de asas constante. Em comparação com o homem, guardadas as devidas proporções, as aves têm a musculatura peitoral inúmeras vezes mais forte. Por fim, seus sistemas respiratório e circulatório possibilitam o seu alto desempenho, pois tornam seu metabolismo muito eficaz. De outra forma, as aves desmaiariam com poucos minutos de voo. Os pulmões das aves são muito diferentes dos demais animais, e seu sistema, que conta com os chamados “sacos aéreos”, é muito eficaz em relação às trocas gasosas, inclusive por diminuir a densidade das aves durante o voo. Os pulmões e sacos aéreos das aves permitem que seu sistema circulatório seja viável, pois o mesmo opera em altas temperaturas, superiores as do homem.

   Em síntese, sem os ossos pneumáticos, as penas de diversos tipos, os grandes e poderosos músculos peitorais e um desempenho respiratório e circulatório de alta performance, que aceleram o metabolismo, as aves não poderiam voar.

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